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Genius: Picasso, a minha opinião

Atualizado: 4 de nov. de 2022

Dar a opinião crítica sobre algo é sempre muito difícil, especialmente, porque se tem que ter algum tipo de conhecimento aprofundado sobre o assunto. Terei eu, tal conhecimento para poder criticar algo? Creio que no campo da arte, terei alguns conhecimentos, e, é baseado nestes que tentarei apreciar ao tema que aqui trago. Será estritamente a minha opinião, aconselho vivamente o leitor a ver a série da qual vou opinar e a tirar as suas próprias ilações (claro está, se fizer parte dos seus gostos).

Nunca pensei vir a falar sobre uma série, documentário, programa, filme ou algo que vi na televisão, mas neste caso tive que abrir uma exceção, há assuntos que mexem comigo e este é um deles. A National Geographic está a produzir uma série brilhante, a meu ver, chamada de Genius. Numa primeira temporada falou do génio da física, Albert Einstein, na segunda temporada retratou a vida do grande Pablo Picasso, um génio na arte.

Falo de Picasso, porque nutro por ele um fascínio e admiração tão grande, que me levaram a escrever este texto. Abrir uma exceção e a dedicar a minha total atenção e compromisso, de entre vários artistas que existiram, este é, sem dúvida, um dos que mais gostaria de ter conhecido.

Alguma vez pararam para penQuem é Picasso?

Atribuímos-lhe aquelas obras "estranhas" que não se parecem com nada, formas distorcidas da realidade, símbolos geométricos, pessoas quebradas, retratos "estranhos", formas como que sem sentido. Muitos até dizem, "Não gosto muito do que ele pintava".

Uma coisa que sempre aprendi na arte, foi que, para entendermos o que vêmos temos que nos contextualizar. A arte não é só visual, ela traz-nos uma mensagem, um contexto, um simbolismo, uma era, uma época, que só faz sentido se toda essa envolvência estiver presente. Além dessa envolvência, temos que perceber outra circunstância, a personalidade do artista, e só depois de juntar estes dois fatores é que podemos compreender as obras de Picasso.

É nisto, que eu tiro o chapéu ao National Geographic, como eles conseguiram captar tudo isto, como trouxeram até nós - a envolvência das cores, dos efeitos, dos planos, das cidades onde o artista esteve, os contrastes, as músicas, os efeitos, a sensualidade, as amizades, as velocidades, o simbolismo, as ligações - está perfeito! Conhecendo o artista como eu conheço, e estudando todo ele, conseguiram, através dos efeitos descritos trazer as suas inquietudes, perturbações, paixões, obsessões, frustrações, angustias... Em dez episódios, trouxeram-nos a sua biografia completa, sem em nenhum episódio cair em tédio ou melancolia. Dez episódios de vivência exaustiva, de pesquisa, de procura de ser melhor, de inspirações, de procura pela juventude, de aprendizagem, de descoberta, de liberdade, de experiências - tudo o que era a vida do artista.

Picasso fascina-me, a sua personalidade inquieta, atrai-me... proíbe-me (talvez me identifique demais com este artista, não sendo o único, mas, tudo nele, faz sentido - a sua personalidade toca na minha pelas parecenças). A sua vivência para a arte, só, para a arte! Existem inúmeros pensamentos que partilho com o artista, um deles ser apologista de que, na arte, nunca devemos perder a criança que temos dentro de nós, a imaginação e criatividade, residem nela.


"Toda criança é um artista. O problema é o como manter-se artista depois de crescido"

- Pablo Picasso


Outros temas que me fascinam, são as constantes procuras sobre o desconhecido, quando não sei sobre um assunto, gosto de o perceber, ir mais fundo, tentar pesquisar para perceber novas realidades.


"Sempre faço o que não consigo fazer para aprender o que não sei."

- Pablo Picasso


A série, segue fielmente a sua vida, da época, dos círculos em que se envolveu, e pessoas com que se relacionou, podemos ver pessoas como Max Jacob, Andre Breton, Guillaume Apollinaire, Gertude Stein George Braque, Henri Matisse entre muitos outros...

E não podemos deixar de parte suas paixões Fernande Olivier, Olga Koklova, Marie-Thérèse Walter, Dora Maar, Françoise Gilot e Jacqueline Roque, que não faria sentido falar de Picasso sem todas estas mulheres.

Cada episódio, pode andar, para a frente e para trás na história para justificar determinados acontecimentos marcantes de sua vida que vai desde a infância até à sua morte. E neste ponto é também incrível, a forma como retratam os personagens, são quase que uma cópia exata de como eles eram na altura, através de fotografias retrataram fielmente a pessoa, fazendo o ator/atriz uma cópia de quem estava a representar.

Só tenho a dar os parabéns à National Geographic, por trazer às luzes da ribalta esta série, e, a forma como o conseguiram. Espero que num futuro, continuem o excelente trabalho, porque se nota que houve uma investigação profunda e uma "fusão" entre arte cinematográfica e artes plásticas que deu um trabalho genial!


Gostei da forma abordada porque este documentário faz-nos entender como funciona um pouco o amago de um artista plástico. Estes seres tão apaixonados por tudo e ao mesmo tempo questionadoras e exploradores que não tendem a ser conformados. E claro, não somos todos iguais, não generalizo, mas também não particularizo.


 
 
 

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