Visita guiada pela exposição Metamorfoses (parte I)
- Irina Marques

- há 2 dias
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Falar de Metamorfoses nesta exposição é um tema que pode ligar quase tudo, a escolha do tema não foi por acaso, é um tema que alberga o despertar da Irina como artista plástica e as várias fases, períodos, estágios ou como lhes queiram chamar de um processo criativo ao longo dos anos.
Este tema abarca o inicio, as experiências, as transições e as revelações que é quase como o processo de pintar, com a sua tela vazia, as camadas iniciais, aquele processo caótico e a forma final. O meu trabalho é esse o tentar capturar a energia de mudança é a pintura a dizer: "Eu mudei, mas tu e eu também estamos sempre a mudar. E isso é lindo e caótico!".
Em 2018 sofri de uma depressão grave, ela foi como o meu apagão total, andava perdida, sem proposito no fundo. Procurei ajuda e, nesse mesmo ano, poucos meses depois comecei a pintar e foi como um choque elétrico uma luz que se fez que me ligou a algo. A arte para mim não foi um hobby ou terapia, foi sim, uma tábua de salvação. Passava os meus dias a pintar e por cá para fora os sentimentos internos.
É como se estivesse a escrever um livro, um romance, em que o conceito fosse o tema principal, as pinceladas as palavras, as camadas de tinta os capítulos, a pontuação as cores, a textura o enredo e o tapar e recomeçar a revisão ou edição. Quem vê a obra vê a narrativa que foi criada.
A exposição que aqui apresento não é apenas uma coleção de quadros é sim, um mapa de sobrevivência, uma prova do que vêm à luz depois de estar no escuro mais denso. É a minha história a gritar na tela.



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