Visita guiada pela exposição Metamorfoses (parte II)
- Irina Marques

- há 15 minutos
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Para mim, ser um mapa de sobrevivência não consiste em ele ser geográfico mas sim existencial. Por que ele vai-se alterando conforme as nossas fases na vida, cada obra é um ponto fundamental nesse mapa, posso dizer, uma tentativa de não nos perdermos completamente. A minha estratégia de sobrevivência comum em todas as obras? A introspecção e a geometria também.
A pintura é como o meio através da qual as minhas fases se tornam visíveis, não como uma explicação mas sim como presença.
As mandalas e sua Linha ténue. Foi como um despertar mas um processo muito gradual e demorado, o acto de fazer uma mandala é frágil e silencioso, é delicado. Foi uma forma de identificar a fronteira entre o pensamento, a sensação e a emoção. Foi uma concentração silenciosa onde a pintura acompanhava um movimento de atenção crescente. A linha não delimita, ela liga. Aqui as mandalas funcionaram como um dispositivo de concentração.
Esta fase foi como andar no escuro às apalpadelas mas com cuidado. Foi uma fase que me dediquei muito à meditação e ao ioga.


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